
Jaraguá do Sul
A WEG adicionou mais uma conquista à sua lista de façanhas. A fabricante catarinense de motores e equipamentos elétricos ultrapassou a Vale, gigante do setor de mineração, e assumiu o terceiro lugar no ranking das empresas mais valiosas da B3, a Bolsa de Valores brasileira.
O valor de mercado da companhia chegou a R$ 223,4 bilhões na segunda-feira (13), superando os números da Vale (R$ 219,9 bilhões). O desempenho deixa a WEG atrás apenas da Petrobras (R$ 506,7 bilhões) e do Itaú Unibanco (R$ 284,5 bilhões). Os dados foram levantados pela consultoria Elos Ayta.
O valor de mercado de uma empresa é resultado de um cálculo simples: a multiplicação do preço de cada ação pelo número total de papéis em circulação. A WEG já havia superado a Vale em pregões da Bolsa em dezembro. Os números dos primeiros dias de 2025 consolidam, agora, a posição da empresa.
Veja lista de empresas compradas recentemente pela WEG
Em novembro de 2024 a WEG comprou a Reivax, empresa de Florianópolis que atua com sistemas de controle para geração de energia e faturou R$ 131 milhões em 2023.

Em 2019, a WEG anunciou a aquisição da totalidade do capital social da Geremia Redutores, empresa gaúcha à época com 220 funcionários e receita líquida de R$ 57,4 milhões (Foto: Divulgação)
Também em 2019, a WEG acertou a compra de 51% do capital social da PPI-Multitask, especializada em integração de sistemas de automação industrial e softwares para a indústria.
Ainda em 2019, a WEG fechou a aquisição de 51% do capital social da V2Com, empresa paulista especializada em internet das coisas.
Em 2020, a WEG adquiriu uma fábrica em Betim (MG) da Transformadores e Serviços de Energia das Américas (TSEA). A planta tinha 32,5 mil metros quadrados e 250 funcionários.
Também em 2020 a WEG comprou 51% do controle da startup Mvisia, especializada em soluções de inteligência artificial aplicada à visão computacional para a indústria.
Em 2020, a WEG assumiu o controle acionário da startup BirminD, atuante no mercado de inteligência artificial aplicada à Industrial Analytics.
Em 2021, a WEG comprou a Balteau, empresa de transformadores de Itajubá (MG) com 350 funcionários e R$ 120 milhões de receita.
Em 2022, a WEG pagou 23 milhões de euros pela unidade de Motion Control da Gefran, empresa italiana fabricante de sensores, componentes e equipamentos de automação industrial.
Em maio de 2024, a WEG concluiu a compra dos negócios de motores elétricos industriais e geradores da americana Regal Rexnord. A aquisição foi anunciada em 2023 por US$ 400 milhões.
Em setembro de 2024, a WEG anunciou a compra da Volt Electric Motors, fabricante de motores elétricos industriais e comerciais da Turquia. O valor da aquisição foi de US$ 88 milhões.
Em novembro de 2024 a WEG comprou a Reivax, empresa de Florianópolis que atua com sistemas de controle para geração de energia e faturou R$ 131 milhões em 2023.
Em 2019, a WEG anunciou a aquisição da totalidade do capital social da Geremia Redutores, empresa gaúcha à época com 220 funcionários e receita líquida de R$ 57,4 milhões.
Analistas atribuem o alto valor de mercado da WEG a uma série de fatores. Pesa a favor da empresa uma forte diversificação de mercado, refletida em inúmeras frentes de negócios – motores, equipamentos elétricos, tintas e geração de energia, por exemplo – e presença global. A companhia tem fábricas em mais de 50 países.
O modelo de negócios mais “pé no chão” da WEG, com uma cultura de resiliência para apresentar resultados financeiros robustos mesmo em meio a instabilidades da economia, também é um fator que gera confiança de investidores no longo prazo, segundo análise compartilhada no LinkedIn por Einar Rivero, presidente da Elos Ayta.
Entre janeiro e setembro do ano passado, a WEG somou receita operacional líquida de R$ 27,1 bilhões, alta de 13,5% frente ao mesmo período de 2023. O lucro líquido atingiu R$ 4,34 bilhões, com crescimento de 9,1%. O balanço financeiro completo de 2024 ainda não foi divulgado.
Fonte: pedro.machado@nsc.com.br
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