População é contra a criação do Parque Nacional Serras do Araçatuba e Quiriri
- Vilmar Bueno, o ESPETO
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Campo Alegre – Aconteceu na manhã de terça-feira (16), no Espaço Cultural Syrlei Maria Neumann Johanson, mais uma reunião pata tratar do assunto que vem sendo amplamente discutido na região. A criação do Parque Nacional, que está dividindo opiniões e levou cerca de 60 pessoas a acompanhar a explanação do órgão responsável pela criação do parque.
Na abertura do evento, o prefeito Rubens Blaszkowsky usou a palavra e deixou claro seu posicionamento. Rubens disse que está ao lado da população e que tem as mesmas preocupações que a comunidade em relação às perdas tanto para o município quanto para os moradores das áreas abrangidas.
O procurador jurídico da prefeitura, advogado Manolo Del Olmo, falou se tratar da segunda conversa com os representantes do Governo Federal, que, assim como a prefeitura, tem feito sua parte. Manolo ainda explanou quanto à evolução nas tratativas até o momento: “Temos algumas preocupações, como a manutenção do Meio Ambiente. Não somos contra a criação de uma unidade de conservação, mas, aqui na região, já temos meios de proteção que estão sendo executados e que até o momento garantiram a preservação das áreas da Mata Atlântica e dos Campos do Quiriri. Porém, temos outras situações, algumas já existentes, que carecem definir um plano de manejo”, disse o
advogado.
Manolo destacou dois pontos que preocupam o Poder Público: o primeiro, a desapropriação e indenização para os proprietários de áreas no espaço que abrange a área. “Sabemos que a maioria das propostas de indenização feitas pela União são injustas, tendo a maioria que entrar na justiça para garantir muitos anos depois o pagamento daquilo que lhe pertence “, explicou. O advogado ainda destacou que atualmente existe algo em torno de R$ 30 bilhões a serem pagos pela União, em desapropriações já confirmadas.
Após a explanação realizada pela equipe técnica da empresa responsável, os mais de 60 participantes da reunião fizeram uma série de questionamentos, em especial pela existência de vários agricultores e pecuaristas que têm seus empreendimentos na região e que estão diretamente envolvidos na situação.
Ficou claro nas falas dos produtores, que o governo estabelece parques e não oferece a devida manutenção aos mesmos. “A criação de um parque ambiental é de uma postura imperialista, e se o governo decidir fazer não tem o que possa impedir ” disse um dos presentes. A maioria concorda que os meios de proteção existentes estão cumprindo o papel de maneira satisfatória.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), deve organizar uma nova etapa de conversas envolvendo os municípios de Campo Alegre, Joinville, Garuva, de SC e Tijucas do Sul e Guaratuba do Paraná, para melhor esclarecimento e alinhamento do projeto a fim de não impactar tanto na vida dos produtores locais, os maiores prejudicados com a criação do Parque.
Foto: Luzardo Chaves
Com informações da CMVCA



