Opinião - "Meu voto não vai para..."
- Vilmar Bueno, o ESPETO

- há 4 dias
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*Por Heraclio Steinbach
É claro que nenhum dos meus votos para nenhum dos cargos está decidido, pois o processo eleitoral formal e válido não começou.
Simpatizo com vários pré-candidatos, defendo alguns, milito por poucos. Mas é um processo longo, como sabemos intensificará a partir de janeiro, e, as convenções devem ocorrer entre 20 de julho a 5 de agosto.
Neste momento estima-se que 1/3 dos partidos tem mais candidatos do que vagas disponíveis, porém como veremos nas convenções do ano que vem muitos partidos, inclusive deste terço, não completarão as vagas a que tem direito.
De uma forma um tanto quanto comum a discussão mais visível no momento é sobre o senado, e mais corriqueiro, se tratar de umas vagas do senado na eventual coligação capitaneada pelo atual governador.
Nesta eleição temos duas vagas e, portanto, dois candidatos ao senado para cada partido ou coligação (sim, senado é majoritária - como presidente, governador e prefeito; e não proporcional - como deputados e vereador), então, votaremos duas vezes para senadores.
As eleições gerais ocorrem a cada 4 anos, com dois senadores a cada 8 anos, alternadamente nas outras eleições tivemos (e teremos) um senador.
Nessas eleições com dois senadores via de regra, a formação das chapas de candidaturas tem característica mais intrincada, exigindo perspicácia e coordenação um pouco além das outras.
Já tivemos diversas histórias de coligações nacionais/estaduais que geraram amargor na instância inferior. Em que, no município, partidos A e B são inimigos capitais, entretanto, no âmbito nacional/estadual, ou na cidade do lado os mesmos partidos são alinhados.
Esse aspecto repito omtrincado e perspicaz muitas vezes conduz a resultados inesperados. Particularmente aqui no Estado de Santa Catarina, nas rodas de conversa sobre política, eventualmente é trazido à lembrança, a eleição ao senado de 2002.
Estavam candidatos:
Casildo Maldaner (PMDB), Carlos Müller (PSTU), Elisiani Sanches (PPS), Evaldino Leite (PSD), Gérson Antônio Basso (PV), Hugo Biehl (PPB),
Ideli Salvatti (PT), Leonel Pavan (PSDB), Milton Mendes (PT), Paulo Bornhausen (PFL), Viviani Remor (PSTU) - filiações partidárias daquela época -) e o que se via com mais frequência, inclusive nas pesquisas, era a disputa da segunda vaga, ou, Bornhausen e quem mais??
Porém o resultado foi a eleição de Ideli Salvatti e Leonel Pavan, 3° Biehl, 4° Bornhausen.
Além disso tivemos quase meio milhão de votos em branco, e mais de meio milhão nulos, 998.168 votos inúteis.
Assim, a história demonstra e o presente comprova, não há muito o que definir, pregar ou ensinar, neste momento.
*Heráclio Steinbach
Advogado, militante no Direito Eleitoral







