Ciranda de Notícias - Prisão de Bolsonaro expõe racha no STF em mais
- Vilmar Bueno, o ESPETO

- 7 de ago.
- 2 min de leitura

(Imagem: Wilton Junior | Estadão)
A decisão de Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro gerou desconforto entre ministros do Supremo Tribunal Federal.
Nos bastidores, a medida foi considerada precipitada por parte da Corte, Sem consultar os colegas, Moraes usou sua prerrogativa de relator para ordenar a prisão, após Bolsonaro descumprir medidas cautelares.
Para alguns ministros, o ideal seria ignorar a provocação e aguardar o julgamento de setembro. A condução solitária, somada à sanção dos EUA com base na Lei Magnitsky, ampliou o isolamento do ministro.
Na prática, o Supremo se dividiu. Após as medidas tomadas pelo governo americano contra Moraes, seis ministros se manifestaram a favor do colega, enquanto Kassio Nunes, André Mendonça, Fux e Toffoli preferiram o silêncio.
Essa divisão ficou ainda mais visível no jantar oferecido por Lula na semana passada. Cinco dos 11 ministros do STF não compareceram, mesmo após o pedido de Moraes por uma manifestação conjunta contra as sanções da Lei Magnitsky.
Bottom-line; Fontes próximas ao Supremo indicam que o próprio presidente do STF, Roberto Barroso, tem expressado frustração com a tensão interna. Prestes a deixar o comando da Corte, ele poderia até antecipar sua saída definitiva.
Enquanto isso, o caos no Congresso Nacional
Depois de 30 horas de paralisação por um motim realizado por aliados de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Hugo Motta, conseguiu voltar a sua cadeira e abrir sessão na noite de ontem.
Ao longo do dia, Motta ameaçou suspender mandatos por até 6 meses e acionou a polícia legislativa. A retomada só ocorreu após negociação com a oposição, mediada por Arthur Lira.
A ocupação teve de tudo: deputados com esparadrapo na boca, senadores acorrentados à mesa — veja aqui — e até uma deputada com bebê no colo sentada na cadeira da presidência.
A exigência do grupo era forçar a pauta da anistia aos envolvidos no 08/01 e a votação sobre o fim do foro privilegiado. Segundo o líder do PL, esse acordo entre aliado de Bolsonaro e Centrão foram realizados. .
MUNDO
Itália dá sinal verde para maior ponte suspensa do mundo
O mar azul entre a Sicília e a Calábria pode ganhar uma cicatriz de aço. O governo italiano aprovou a construção da maior ponte suspensa do mundo: 3,7km de vão central, sem pilares, unindo a ilha ao continente.
O orçamento é de € 13,5 bilhões, com um prazo de 10 anos e promessa de entrega em 2032.
A trama é antiga. Desde os anos 60, políticos flertam com a ideia de conectar o sul ao resto do país. Vários governos ensaiaram a ideia, mas sempre ficou presa no limbo entre a engenharia e a política.
Agora, com a bênção do Comitê de Planejamento Econômico, o plano vai avançar. O consórcio Eurolink, liderado pela italiana Webuild promete mais de 100 mil empregos.
Mas o enredo não tem só fãs: Ambientalistas denunciaram o projeto à União Europeia por riscos à fauna e flora, e engenheiros lembram que a região é zona sísmica.
Bottom line: Se realmente for erguida, a ponte colocará a Itália no seleto clube dos gigantes da engenharia, aquele que constrói conexões colossais sobre a água, como no Japão, na Turquia e na Dinamarca.






