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Deputados alertaram para a falta de leitos de UTI no estado com o avanço do coronavírus e criticaram o estudo do filósofo Friedrich Engels por alunos e professores da Udesc na sessão virtual de quarta-feira (18) da Assembleia Legislativa.
Segundo Coronel Mocellin (PSL), em setembro havia mais de 500 leitos de UTI disponíveis para pacientes com Covid, enquanto agora há pouco mais de 200 leitos.
“Nossa preocupação é que não tenhamos o suporte dos hospitais para aqueles que precisam de UTI”, alertou Mocellin.
Deputado Vicente Caropreso (PSDB) e Neodi Saretta (PT) reforçaram o alerta e pediram agilidade no recredenciamento de leitos de UTIs.
“Algo tem de ser feito para que as pessoas saibam das dificuldades que os profissionais de saúde estão tendo e que os hospitais voltaram a ter ocupação enorme de leitos de UTI. As mortes estão acontecendo com o recrudescimento da situação. E ainda perdemos os hospitais filantrópicos, são cerca 150 leitos a menos para atendimento de Covid”, relatou Caropreso.
De acordo com o deputado, os hospitais filantrópicos reclamam que alguns convênios e habilitações de UTIs não chegaram de Brasília e que o estado também não tem honrado compromissos.
“Temo pelo caos com a perda do controle da situação sanitária no estado”, avisou Caropreso.
“Descredenciamento dos leitos em plena pandemia? O Ministério da Saúde (MS) precisa acordar, esses leitos precisam ser recredenciados. Não pode o estado aceitar passivamente, não podem os municípios aceitarem passivamente”, exortou Saretta, presidente da Comissão de Saúde.
Saretta citou o caso do Hospital São Francisco, de Concórdia, que tinha 16 leitos credenciados e que agora conta com apenas quatro.
Sargento Lima (PSL), Carlos Humberto (PL) e Maurício Eskudlark (PL) concordaram com os colegas e especularam sobre as dificuldades impostas pelo início da alta temporada, com o aumento do fluxo de pessoas.
“Vai ser complicado conter isso neste verão com uma fila que liga Garuva a Balneário Camboriú”, avaliou Lima.
“O estado não pode fazer tudo, nós dependemos da consciência individual de cada um, depende muito de uma consciência coletiva. Temos muito a contribuir com uma curva descendente do vírus”, argumentou Humberto.
“Acho que lockdown não é caminho, mas também não dá para andar no liberalismo”, opinou Eskudlark.
Já o deputado Jessé Lopes (PSL) criticou duramente alunos e professores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) pelo estudo do filósofo Friedrich Engels, parceiro de ideias de Karl Marx.
“Cristão e esquerdista não são compatíveis de pensamento. Hoje na Udesc mais uma prova disso, a universidade patrocinada com dinheiro público está promovendo eventos de destruição da família”, protestou Jessé, aludindo a um seminário comemorativo ao bicentenário de nascimento do filósofo alemão.
Conforme Jessé, no referido seminário serão discutidos temas como a ideologia de gênero e o casamento homoafetivo.
“É a estratégia de destruição da família por parte da esquerda revolucionária, a luta contra a monogamia”, garantiu o deputado.
Sargento Lima, Coronel Mocellin e Felipe Estevão (PSL) apoiaram Jessé na tese de que Engels é demais para os professores e alunos da Udesc.
“Nunca vi crente comunista, católico comunista, estou tentando entender se são confusos”, declarou Lima.
“Não é a primeira vez que a Udesc lança este tipo de debate, a Udesc é pública, paga com dinheiro do povo, com orçamento de R$ 450 mi anuais, e colocando esse tipo de pensamento, desconstruindo famílias e valores”, pontuou o ex-comandante do Corpo de Bombeiros Militar.
“A Udesc sempre com um ativismo terrível, com essa pauta sem pé nem cabeça, descabida, que não tem mais espaço neste momento”, declarou Estevão.
Fonte: Vitor Santos - ALESC
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