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  • Foto do escritorVilmar Bueno, o ESPETO

Data busca conscientização sobre a diabetes



São Bento do Sul

Neste sábado (14) é o Dia Mundial do Diabetes, data criada em 1991 pela International Diabetes Foundation (IDF), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para conscientizar a população sobre a doença.

O tema neste ano para o Dia Mundial do Diabetes é “Diabetes: os enfermeiros fazem a diferença”. Segundo a enfermeira do Centro de Atendimento aos Diabéticos de São Bento do Sul, Rosilei T. Weiss Baade, o tema foi escolhido por conta da importância dos profissionais que atuam diretamente nos cuidados das pessoas. “A equipe de enfermagem é uma parceira da pessoa com diabetes. É ela quem orienta sobre alimentação, atividade física, como usar os medicamentos, monitorização glicêmica e insulinoterapia. O enfermeiro também realiza a consulta de enfermagem, faz a avaliação e cuidados com os pés, trata as lesões e faz educação em diabetes”, comenta.

Por conta da data, a partir de segunda-feira, dia 16, até o dia 30 de novembro, as Unidades de Saúde do município estarão realizando um rastreamento dos pacientes para avaliar a possibilidade de terem a doença. “Um questionário com oito questões, chamado FINDRISK, que é validado cientificamente, será oferecido aos pacientes. Nele a pessoa responderá sobre a idade, se tem algum membro da família com diabetes, sobre alimentação, atividade física, entre outras questões”, explicou Rosilei.

Ao final, é possível somar a pontuação e, caso o paciente atinja de 15 a 20 pontos ou mais, então será feito o exame de glicemia capilar.

O que é - O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, conhecida como hiperglicemia. Isso ocorre porque no nosso organismo temos um hormônio produzido pelo pâncreas chamado insulina, o qual controla a quantidade de glicose no sangue.

O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.

Tipos de diabetes - Os mais comuns são o Tipo 1 e Tipo 2. No 1, a hiperglicemia ocorre porque as células que produzem a insulina são atacadas erroneamente pelo organismo e a produzem em pouca ou nenhuma quantidade.

O diabetes 1 é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, mas em situações especiais pode aparecer em qualquer idade. Essa variedade é sempre tratada com insulina, automonitoramento (teste do dedo), planejamento alimentar e atividades físicas para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Já no diabetes Tipo 2, o aumento do açúcar no sangue ocorre porque algumas células não respondem corretamente à insulina produzida e a perda da função do pâncreas é progressiva.

Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas maiores de 40 anos, mas também pode ocorrer em outras faixas etárias. Está muito associado aos hábitos de vida. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de medicamentos e/ou insulina para controlar a glicose no sangue.

Existem ainda o Diabetes Gestacional, que é um problema que surge durante a gravidez, onde a mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue, rotineiramente investigado no pré-natal. As mulheres que tem diabetes anteriormente precisam de um controle glicêmico rigoroso quando planejam uma gravidez. E também temos o pré-diabetes.

Pré-diabetes não é propriamente um diagnóstico, mas sim um estado de risco, com aumento da glicemia que ainda não caracteriza o diagnóstico de diabetes, mas já leva a alterações no organismo pelo aumento da glicose. Pessoas com níveis elevados de glicose (açúcar no sangue), obesidade e forte história étnica ou familiar de diabetes podem ser consideradas de risco.

Sintomas - Os sintomas mudam de pessoa para pessoa e podem alterar ao longo do tempo. Alguns deles são: aumento de apetite, sede constante e boca seca, vontade de urinar diversas vezes ao dia, visão turva ou embaçada, feridas que cicatrizam lentamente, formigamento nos pés ou mãos, perda de peso, mau hálito, fraqueza, fadiga, mudança de humor e náusea ou vômito ou como acontece muitas vezes no diabetes tipo 2, os sintomas iniciam lentamente, o que faz com que a pessoa demore para procurar atendimento.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver o diabetes, como o sedentarismo e alimentação inadequada, além da hipertensão e obesidade. Mulheres com circunferência abdominal superior a 88 cm e homens com cintura maior que 94 cm devem ficar em alerta.

Também são fatores de risco a idade (superior a 25 anos), histórico da doença em familiares, mães que tiveram filhos com peso superior a 4 quilos e diabetes durante a gestação.

Diagnóstico - O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do jejum ficam entre 70 e 99 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue).

Tratamento – Além de melhorar os hábitos de vida, monitorar o nível de glicemia e de tomar a medicação adequada, o diabético precisa realizar de duas a três consultas por ano, fazer exames laboratoriais para investigar o controle da diabetes e as possíveis complicações nos rins, nos olhos, no sistema vascular e fazer o exame dos pés. A equipe de saúde ou seu médico, definirá se também precisa de atendimento especializado.

A alimentação equilibrada e a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de atividade física também são recomendações importantes que a pessoa com diabetes deve seguir e todas as pessoas para evitarem o aparecimento da doença.

Dados - No Brasil, o diabetes é uma condição crônica que vem crescendo, com o aumento da prevalência de 5,5% para 7,4% de 2006 a 2019, com cerca de 12,5 milhões de pessoas. Nos dados do IDF (2019), o Brasil ocupa o 5º lugar entre os países que mais apresentam casos no mundo, sendo 16,8 milhões de pessoas, com prevalência de 10,4% da população. Há previsão de crescimento para 26 milhões de pessoas com diabetes em 2045.

Em São Bento do Sul, são mais de 3 mil diabéticos cadastrados na Secretaria Municipal de Saúde, com estimativa de 3.947, acima de 20 anos (censo 2010).

CADIA - No município, os profissionais e pacientes contam com o apoio do Centro de Atendimento aos Diabéticos. Localizado no Centro de Especialidades Médicas (antigo prédio da Cruz Vermelha), o Cadia serve de referência a todas as unidades de saúde. Nele, o paciente também recebe acompanhamento de endocrinologista e de enfermagem.

Viviane de Vargas Miranda

-- Assessoria de Comunicação Prefeitura de São Bento do Sul

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