Ciranda de Notícias - Dólar em queda, Bolsa em alta, crédito contra tarifaço dos EUA e mais destaques do dia
- Vilmar Bueno, o ESPETO
- 13 de ago.
- 7 min de leitura

Geral
Dólar cai abaixo de R$ 5,40 e Bolsa atinge máxima em meio ao otimismo econômico
Mercado reage com euforia à inflação controlada. Inflação menor no Brasil e nos EUA abre espaço para cortes de juros, tira pressão do câmbio e impulsiona a confiança dos investidores.
Dólar cai para menos de R$ 5,40 e Ibovespa rompe recorde: Os dados de inflação divulgados nesta terça reacenderam as expectativas de cortes de juros nos dois países, levando o câmbio à menor cotação desde setembro passado e o Ibovespa ao maior nível desde maio. A Bolsa foi puxada por ações como Sabesp e BTG Pactual, em meio a balanços positivos e ambiente global mais favorável.
Dados globais de inflação estimulam investidores: Os índices de preços ao consumidor mostraram desaceleração. Isso elevou para mais de 90% a aposta de corte nos juros americanos em setembro, tornando o Brasil mais atraente para investidores estrangeiros.
Balanços do segundo trimestre mostram recuperação e desafios: Empresas como BTG Pactual e Taurus revertendo prejuízos impulsionaram seus papéis na Bolsa, enquanto CVC e Light ainda enfrentam prejuízos relevantes, mostrando o impacto de juros altos e câmbio volátil no ambiente corporativo.
Empresas exportadoras enfrentam tarifas, oscilações cambiais e juros elevados: Taurus e MRV relatam efeitos negativos de tarifas americanas e perdas no exterior, enquanto Multilaser foi beneficiada por ganhos cambiais. Brisanet vê o lucro despencar após resultado financeiro impactado por juros.
O cenário de inflação controlada, aliado à expectativa de queda dos juros, fortalece o real e estimula a Bolsa, beneficiando empresas sólidas e setores exportadores. Contudo, ainda há desafios para companhias endividadas ou expostas a mercados externos. O ambiente macroeconômico mostra sinais de melhora, mas a cautela permanece enquanto os desdobramentos de juros e tarifas internacionais seguem em observação.
Governo cria crédito de R$ 30 bi ante tarifaço dos EUA
Solução emergencial para exportadores brasileiros. O presidente Lula anunciou pacote inicial de R$ 30 bilhões em crédito para empresas afetadas pelas novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. A medida visa amenizar o impacto econômico e garantir empregos em meio à escalada da guerra comercial.
Linha de crédito e compras governamentais integram o pacote de socorro aos exportadores prejudicados: O plano de contingência será oficializado por medida provisória nesta quarta-feira, com liberação de recursos para pequenas e médias empresas, além de possibilidade de expansão conforme o cenário.
Plano poderá ser ampliado e tem foco também em redirecionar exportações e pressionar por abertura de novos mercados: Presidente ressalta que o crédito é “só o começo” e que busca negociar com lideranças internacionais para diversificação das exportações brasileiras.
Plano prevê reforma do Fundo de Garantia à Exportação e manutenção de empregos nas empresas beneficiadas: O Ministério da Fazenda estrutura mudanças para facilitar o acesso ao crédito e viabilizar a sobrevivência de exportadores de diferentes setores.
Medida busca resposta negociada com os EUA, mas governo não descarta recorrer à OMC e aplicar ações de reciprocidade: Lula e equipe econômica avaliam medidas compensatórias e reforçam posição firme na defesa do setor produtivo brasileiro.
O pacote imediato de R$ 30 bilhões inaugura uma resposta do Brasil ao tarifaço de Trump, com atenção à manutenção de empregos e adaptação ao novo cenário externo. Medidas estruturais e diplomáticas complementam o socorro econômico, sinalizando possível busca por novos mercados e pressões negociais. O desafio será equilibrar apoio aos setores produtivos com impactos fiscais e manter a competitividade no comércio internacional.
Isenção do Imposto de Renda se aproxima, mas compensação fiscal divide Congresso
Aprovação da isenção do IR é considerada inevitável. Proposta que beneficia quem ganha até R$ 5 mil é destaque na Câmara, enquanto parlamentares e governo discutem formas de compensação financeira para o impacto nas contas públicas.
Deputado Arthur Lira afirma que isenção do IR será aprovada: Relator do projeto, Lira defende corrigir distorções nos repasses de LCIs e LCAs, e destaca a necessidade de definir compensações para evitar alterações profundas no texto.
Compensação fiscal entra na pauta com a MP 1303: O governo propõe taxação sobre investimentos antes isentos, como LCIs, LCAs e fundos imobiliários, além de ampliar impostos para empresas de apostas (bets), visando arrecadar mais de R$ 10 bilhões em 2025.
Tributação sobre bets e distorções no mercado: Metade das empresas de apostas online não paga impostos, segundo Arthur Lira, e o ministro da Fazenda alega que setores como bets foram beneficiados com regras brandas; ambos defendem maior rigor para garantir receitas e justiça fiscal.
Títulos incentivados e concorrência com o Tesouro: O governo aponta que a isenção de títulos imobiliários e do agronegócio distorce o mercado, dificultando a colocação de títulos públicos e beneficiando intermediários em excesso.
A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil avança como prioridade política, mas depende da definição de compensações fiscais. O debate abrange a tributação de investimentos antes isentos e de empresas de apostas, com impacto direto na arrecadação federal. As discussões prometem influenciar a economia, afetando tanto investidores quanto o orçamento público.
Senado aprova bônus para acelerar revisão do INSS
Bônus extra para servidores busca destravar fila do INSS. O Senado aprovou a medida provisória que cria o Programa de Gerenciamento de Benefícios, oferecendo incentivo financeiro aos servidores para acelerar a análise de benefícios e perícias médicas, em meio à maior fila de requerimentos da história recente do INSS. A expectativa do governo é reduzir gastos com benefícios indevidos e aumentar a eficiência do atendimento social.
Pagamento bônus de até R$ 75 por processo: O programa prevê até R$ 75 a mais por perícia ou análise, com foco em requerimentos pendentes há mais de 45 dias e perícias atrasadas, em um esforço para limpar a fila que ultrapassou 2,4 milhões de pedidos.
Congresso estabelece salvaguardas e metas de transparência: Foram inseridas obrigações de divulgação periódica dos resultados do programa e uso de tecnologia acessível, exigindo comunicação eficiente e inclusiva com os beneficiários.
Situação do Agibank gera nova rodada de investigações e suspensão de contrato: O INSS suspendeu o contrato com o Agibank diante de denúncias graves, como interceptação de ligações ao canal oficial e resistência à portabilidade, ampliando a pressão por mais segurança nos pagamentos.
Investigação sobre pagamentos e práticas financeiras: Relatos apontam que beneficiários enfrentaram recusas à portabilidade e possíveis retenções indevidas de valores pelo banco, aprofundando o debate sobre transparência e lisura nos serviços vinculados à Previdência.
O avanço do programa de bônus sinaliza resposta à pressão por eficiência e limpeza na Previdência Social, focando na redução de fraudes e no rápido atendimento aos contribuintes. Ao mesmo tempo, ações rígidas contra instituições financeiras mostram que o governo está atento à proteção dos beneficiários. As decisões recentes têm impacto direto no ritmo dos pagamentos, na segurança dos processos e na saúde das contas públicas.
Fraude bilionária com fiscais atinge grandes varejistas
Esquema de propinas envolve Ultrafarma e Fast Shop. O Ministério Público de São Paulo revelou um esquema bilionário de corrupção envolvendo fiscais da Fazenda e grandes empresas do varejo, acelerando a devolução indevida de créditos tributários em troca de propina.
Fiscal preso acumulou mais de R$ 1 bilhão em propinas: Auditor fiscal utilizou empresa no nome da mãe para movimentar valores incompatíveis com o patrimônio declarado. Joias, criptomoedas e dinheiro vivo foram apreendidos em busca autorizada pela Justiça.
Ultrafarma e Fast Shop são alvos diretos do MP: Dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e diretor estatutário da Fast Shop foram presos. A operação mostra evidências de pagamentos mensais para acelerar ressarcimentos fiscais, enquanto outras redes também são investigadas.
Esquema inclui outras empresas e lavagem de dinheiro: O Grupo Nós (OXXO), Kalunga e outros varejistas aparecem entre os suspeitos de envolvimento. Bens de alto valor e grandes somas em espécie foram apreendidos, além de operações típicas de lavagem de dinheiro.
Auditor operava pedidos com dados das empresas e assinaturas digitais: Investigações mostram que o fiscal centralizava todos os procedimentos para garantir aprovação rápida e valores acima do normal para ressarcimento de ICMS. Link de acesso.
A revelação do esquema expõe graves falhas no sistema fiscal e de controle do Estado. Práticas ilegais fragilizam o ambiente de negócios, corroendo a confiança e a concorrência justa. Os desdobramentos podem trazer impacto relevante no setor varejista e pressionar mudanças regulatórias. O combate à corrupção permanece como pauta central para a saúde econômica e institucional do país.
Viralização de denúncia sobre “adultização” de crianças pressiona Congresso e pauta
Vídeo de Felca mobiliza Congresso. Nos últimos dias, o vídeo do youtuber Felca, que denuncia a exploração e sexualização de crianças nas redes sociais, viralizou e provocou uma série de reações políticas e institucionais. O conteúdo revelou detalhes de casos concretos e impulsionou pautas legislativas sobre proteção infantojuvenil.
Felca expõe casos de exploração infantil em redes sociais: O youtuber apresentou casos que envolvem influenciadores como Hytalo Santos e o canal “Bel para Meninas”, demonstrando como algoritmos ajudam a disseminar material inadequado e ressaltando os riscos psicológicos e legais da exposição precoce de menores.
Câmara dos Deputados cria grupo para tratar do tema: Após pressão popular e política, o presidente Hugo Motta anunciou a formação de um grupo de trabalho com prazo de 30 dias para apresentar um projeto eficaz de combate à “adultização infantil” nas redes. O tema dominou as discussões e ficou acima de pautas econômicas como reforma do Imposto de Renda.
Unidade inusitada entre direita e esquerda no debate: O vídeo de Felca quebrou barreiras políticas, unindo parlamentares de diferentes esferas e partidos para discutir e propor medidas contra a exploração digital de menores, e também levando à retirada de perfis suspeitos das plataformas.
Pautas econômicas perdem espaço para agenda de proteção à infância: Projetos como o fim do foro privilegiado e isenções no Imposto de Renda foram adiados, sinalizando prioridade total para o debate sobre segurança e integridade de menores nas redes digitais.
A repercussão do vídeo e o envolvimento do Congresso mostram como denúncias públicas podem alterar prioridades legislativas e provocar ações ágeis. O foco em proteção às crianças ganhou status de urgência, deixando temas econômicos em segundo plano. O caso expõe uma nova dinâmica entre sociedade, plataformas digitais e governo, influenciando decisões de mercado e políticas públicas.
O avanço nos preços do transporte aéreo aparece como a segunda maior pressão sobre a inflação de julho, logo atrás da energia elétrica. Link de acesso.